domingo, 15 de fevereiro de 2009

FATOS HISTORICOS



1563. A primeira epidemia de varíola registrada no Brasil tem início na
ilha de Itaparica-BA, disseminando-se para o restante do País.

1789. Michael Underwood (Inglaterra) é o primeiro a descrever a debilidade
das extremidades inferiores em uma criança, reconhecida como poliomielite.
1796. Descoberta a primeira vacina pelo cientista britânico Edward
Jenner. A vacinação consiste na inoculação em seres humanos do material
obtido das lesões da varíola das vacas (cowpox), conferindo imunidade.
1798. Introduzida a vacina de Jenner, a primeira geração da vacina contra
a varíola.
1804. Dissemina-se o uso da vacina de Jenner.


Estimativa da população brasileira: mais de 3,5 milhões de habitantes.
No Brasil, ocorrem as primeiras vacinações contra a varíola, introduzidas
pelo Marquês de Barbacena, que trouxe o vírus vaccínico de Portugal nos
braços de escravos e o espalhou no País. Colhia-se material da pústula (linfa)
de um indivíduo e inoculava-se, em seguida, em outro.


Antes de 1851. Ocorrem os primeiros esforços que se conhecem para a
criação de uma ação de controle de saúde pública internacional, como parte
da luta contra as epidemias de doenças infecciosas. Os surtos de cólera na
Europa, ocorridos desde 1839, dizimam milhares de vidas em diversos
países e provocam a organização, em Paris, da I Conferência Sanitária Internacional.
Na ocasião, é elaborada uma convenção sanitária internacional.
Os primeiros trabalhos são falhos, mas as tentativas continuam até a criação
da Organização Mundial de Saúde.

1885. Introdução da primeira geração da vacina anti-rábica.
Desenvolvida cientificamente a primeira vacina no mundo, destinada ao
combate da raiva, no laboratório do Dr. Louis Pasteur, Paris/França.
1887. O Brasil começa produzir a vacina contra varíola em vitelos de
laboratório, graças ao Barão Pedro Afonso, diretor da Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo.

1889. Um surto de peste bubônica se propaga no porto de Santos, levando o
governo a adquirir a Fazenda Butantan para instalar um laboratório de produção
de soro antipestoso, vinculado ao Instituto Bacteriológico (hoje Instituto
Adolpho Lutz).

1897. Introdução da primeira geração da vacina contra a peste.

1902.Oswaldo Cruz assume a direção-geral do Instituto de Manguinhos.
No Brasil, 984 mortes por febre amarela são registradas.
1903. Oswaldo Cruz é nomeado diretor-geral de saúde pública. O Rio de
Janeiro sofre epidemias de peste bubônica, febre amarela e varíola. Ele
deflagra uma campanha de saneamento com apoio técnico-científico do
Instituto de Manguinhos.
1904. Estabelecida a obrigatoriedade da vacina contra varíola no Brasil por
decreto do governo federal publicado em 9 de novembro. Isso gera um sério
levante popular conhecido como a Revolta da Vacina, em 13 de novembro,
e faz o governo decretar estado de sítio e suspender a obrigatoriedade.

1906.Desenvolvido o BCG por Calmette e Guérin, na França, com a cepa
Mycobacterium bovis.

1908. Landsteiner e Erwin Popper descobrem o vírus da poliomielite (Viena).
No Brasil, o Instituto Soroterápico de Manguinhos passa a ser denominado
Instituto Oswaldo Cruz.
Uma outra violenta epidemia de varíola faz a população correr aos postos de
vacinação.

1921. Em julho, a primeira criança no mundo é vacinada com o BCG, via oral.

1923. Descoberta a primeira geração do toxóide diftérico.

1924. Descrito o toxóide tetânico pela primeira vez, por Descombey. Sua
efetividade é demonstrada na II Guerra Mundial.
1925. O BCG difunde-se rapidamente pelo mundo.
O BCG é trazido para o Brasil por Júlio Élvio Moreau, que o conserva na
Fundação Ataulpho de Paiva, no Rio de Janeiro. A cepa é cultivada por
Arlindo de Assis, recebendo a denominação Moreau-Rio e revelando grande
virulência residual, com respostas intensas e duradouras.
1926. Introduzida a primeira geração da vacina contra coqueluche.
1935. Descoberta a primeira geração de vacina contra febre amarela.

Anos 30. Desenvolvido o pulmão de aço, que viabiliza a sobrevivência
dos seqüelados de poliomielite, com paralisia dos músculos respiratórios.

Meados do Século XX. A OPAS propõe a erradicação da varíola no
hemisfério ocidental.
Início dos anos 50. Implanta-se o toxóide tetânico e a vacina DTP
no Brasil, em programas isolados, em alguns estados.

1952. O Unicef estabelece o sistema de rede de frio para conservação das
vacinas frias e ativas desde o fabricante até o usuário. Experiências na África
e Ásia demonstram a perda de potência das vacinas, se expostas a temperaturas
elevadas.
1953. Há registros de epidemias de difteria no Brasil.
1954. Após a II Guerra Mundial ocorre uma explosão de tecnologia.
Desenvolvida a vacina anti-rábica produzida em células de cérebro de rato
recém-nascido (China).
Desenvolvida a vacina contra a poliomielite constituída de vírus inativados
(mortos), pela equipe do Dr. Jonas Salk.

1956. No Brasil, deste ano até 1970, o Departamento Nacional de Endemias
Rurais executa a vacinação contra a febre amarela.
Ocorre a primeira tentativa de utilização de vacina contra a varíola em escala
global. A OMS e parceiros decidem a meta de sua erradicação mundial.
1957. Desenvolvida a vacina oral contra a poliomielite, composta de vírus
vivos atenuados, pala equipe do Dr. Albert Sabin.

1964. Introdução da primeira geração da vacina contra sarampo. Até a
descoberta da vacina, o sarampo causava cerca de 135 milhões de adoecimentos
e entre 7 e 8 milhões de óbitos em crianças ao ano.

1966. No Brasil, em agosto, é instituída a Campanha de Erradicação da
Varíola e iniciada a fase de ataque. São registrados 3.623 casos da enfermidade.
1967. Introduzida a primeira geração da vacina contra a caxumba.

1968. Inicia-se no Brasil o uso da vacina BCG por administração intradérmica,
gradativamente, tendo em vista dificuldades operacionais.
1969. Introdução da primeira geração de vacinas contra rubéola.

Início dos anos 70. A vacina contra rubéola é comercializada no País,
sendo administrada em clínicas privadas, mediante recomendação médica.
1970. Introdução da primeira geração de vacinas contra a varicela.

1973. Fim das campanhas de vacinação contra a varíola no Brasil. O País
recebe a certificação internacional da erradicação da enfermidade pela OMS.

1974. Muitos países industrializados passam a utilizar a tríplice viral
(contra sarampo, rubéola e caxumba).
1977. O Brasil define as vacinas obrigatórias para os menores de 1 ano de
idade: contra tuberculose, poliomielite, sarampo, difteria, tétano e coqueluche
(Portaria Ministerial nº 452, de 6/12).

1984. Inicia-se no Brasil a produção da vacina monovalente contra o
sarampo, com a cepa CAM-70 (Bio-Manguinhos).

Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/politicas/livro_30_anos_pni.pdf

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