segunda-feira, 2 de março de 2009

BCG: Vacina Contra Tuberculose

Após a década de 50, com a introdução da isoniazida como terapêutica, houve enorme avanço no controle e tratamento da tuberculose. Apesar disso, a doença continua sendo um sério problema de Saúde Pública, não só entre os países em desenvolvimento, mas também nos países desenvolvidos.A imunidade natural contra a tuberculose é indiscutível e justifica o fato de a infecção tuberculosa, na maior parte das pessoas, ser localizada, sem a ocorrência da doença. Essa resistência natural na espécie humana, é menor nos extremos de idade, isto é, nos muitos jovens ou muito velhos, e também na gravidez. Apesar de a imunidade adquirida ter sido suspeita mesmo antes da descoberta do bacilo tuberculoso por Koch, em 1882, foi alvo de inúmeras discussões. Marfan, em 1886, enunciou a lei que leva o seu nome, na qual afirmava que a doença local protegia contra o risco de tuberculose pulmonar progressiva. O próprio Koch, em 1891, descreveu uma diferença de resposta quando injetava bacilo tuberculoso virulento em cobaias previamente sensibilizadas ou não; isto foi chamado de Fenômeno de Koch e considerado como sinal de imunidade.Atualmente já é certa que a infecção primária é capaz de prevenir, em certo grau, a evolução da infecção subseqüente para doença clínica. Essa imunidade adquirida é do tipo celular e se baseia fundamentalmente na capacidade de bacteriostase intracelular que se desenvolve nos macrófagos. A infecção primária artificial pode ter o mesmo efeito que a infecção natural.A vacina BCG tem por finalidade substituir a infecção natural, potencialmente patogênica, por uma primo-infecção artificial e inofensiva, ocasionada por bacilo não virulente, na esperança de que isto contribua para aumentar a resistência do indivíduo, em face de uma infecção ulterior pelo bacilo virulento.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3517&ReturnCatID=1765

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